Ustacha ZS (Caruso X Lambarina ZS), lactação 5.776 kg de leite, irmã de Dalua do Rosa. Ustacha é mãe de Gamazonic, touro leiteiro, pai de touros em teste de progênie Embrapa/Girgoiás. Gamazonic pertence ao casal Didi Garrote e Rosângela Nunes. Ustacha ZS é de propriedade de José Roberto Nunes de Castro, o "Zezão", neto de Alberto Pereira Nunes Filho.
Dalua do Rosa
Dalua do Rosa (foto), inscrito na 4ª bateria de touros Embrapa/Girgoiás, edição 2008, é um tourinho de mãe com controle leiteiro médio, levando em consideração as grandes lactações nacionais, mas uma vaca extremamente caracterizada, profunda, arqueada, leiteira nas condições de pasto. Diana da São José é filha de Visual da São José, touro provado no catálogo ABCZ/Unesp, com PTA de
Dalua é filho de Caruso HL, resultado de acasalamento consangüíneo do touro Alecrim Velho. Caruso HL vem do rebanho de Walter de Melo, descoberto por Hélio Ronaldo Lemos. Ele era filho de um touro de nome “João de Souza”, em homenagem ao criador Goiano com o mesmo nome. João de Souza era filho de Alecrim Velho.
A mãe de Caruso HL é Campina, filha de Alecrim Velho na Pequena, que também era filha de Alecrim Velho na Dançarina, uma vaca de procedência do rebanho dos “Catarinos” do Estado da Bahia. Os “Catarinos” foram importantes criadores de Gir da época, responsáveis pela introdução de animais importados no resto do Brasil.
Alecrim Velho (foto), como é conhecido, pois existe o Alecrim II, descente diretamente do touro importado Krishna, por meio do seu filho Krishna Sakina, o “Krishninha”, cujo registro foi de número 6666. “Krishninha”, “
Alecrim e Caruso serviram o plantel de Zeid Sab, na Fazenda Americana, em Avaré (SP). Essa informação é importante porque é sabido que o plantel ZS foi o mais leiteiro de todos os planteis de animais padrão do Brasil. Foi uma pena Zeid Sab não ter feito controle leiteiro oficial em todo o seu rebanho, pois descobriria linhagens altamente leiteiras. É comum encontrar vacas com excelentes lactações oficiais oriundas do plantel de Zeide Zab. Ao que parece, José Sab Neto, filho e herdeiro de Zeid Sab, fará essa reparação na história do Gir brasileiro fazendo a pesagem do leite de suas vacas, na fazenda Americana, no município de Uberaba (MG), para onde se mudou com tudo que herdou do pai.
Outro sinal de que a linhagem Alecrim é leiteira vem da Fazenda Café Velho, de José Luiz Junqueira Barros, que está investindo na formação de um plantel altamente caracterizado e leiteiro, tendo como base a linhagem Alecrim, aspirando suas melhores vacas, que estão em controle leiteiro, com o touro Alecrim II, filho de Alecrim Velho. Bi, como é conhecido José Luiz Junqueira Barros, já tem vários produtos desse touro e acredita que esse é um dos caminhos para produzir vacas leiteiras dentro do seu rebanho. Além de Alecrim, Bi usará, com o mesmo propósito, os Touros Roopano Dhari e Krishna Sakina Prema, um filho de Krishninha na vaca de nome Prema.
Compromisso
A exemplo de Dalua do Rosa, vários touros colocados em teste de progênie Embrapa/Girgoiás também têm história na formação do rebanho nacional e podem contribuir ainda mais para o avanço e a consolidação do Gir Leiteiro brasileiro.
Como foi possível perceber na genealogia do touro Dalua uma fabulosa história de luta de vários criadores em diferentes épocas da pecuária nacional, que com suas crenças e conhecimentos da época deram o melhor de si para desenvolver uma raça. Evidentemente que muitos cometeram equívocos, mas trabalharam com suas crenças e convicções para produzir animais e linhagens que não podemos desprezar sem o verdadeiro conhecimento científico de suas potencialidades.
Dalua do Rosa vem exatamente para cumprir seu papel de resgatar a história dos seus antepassados e mostrar se o valor genético acumulado ao longo de mais de meio século de seleção dessas diversas linhagens que o produziu ainda servirá ao projeto brasileiro de formar uma raça leiteira genuinamente brasileira.